Exposição sobre visualização de dados como linguagem artística emergente
Além da exposição, o projeto conta com a publicação de um livro com pesquisadores internacionais de grande relevância para o campo da visualização de dados.
Ambos&& foi responsável pela coordenação geral da execução do projeto e a coordenação financeira como proponente do projeto, atuando junto com a produtora Denise Escudero.
Oi Futuro do Flamengo
Temporada
18 de setembro a 18 de novembro de 2018
Visitação gratuita
Terça a domingo de 11h às 20h, exceto feriados
A prática artística de visualização de dados inclui diversos pontos importantes na reflexão e discussão sobre a sociedade contemporânea. Entre esses pontos estão subjetividade, vigilância e a própria noção de verdade. No campo da arte, tais questões podem ser abordadas de formas mais intuitivas ou especulativas, em contraposição com outras práticas aplicadas de visualização de dados. Independentemente do contexto, esta área de conhecimento ainda é pouco discutida e disseminada no Brasil. Nossa intenção, ao propor a exposição Existência Numérica, é introduzir o tema para fomentar discussões relevantes.
Dendrocronologia da imigração, 2018
Pedro Miguel Cruz
A obra emprega a metáfora dos anéis de tempo, vistos no corte das árvores, para indicar as migrações ao longo do tempo. Empregando microdados, o artista criou um algoritmo de posicionamento e acomodação dos pequenos elementos gráficos que representam grupos de cem pessoas e dez pessoas.
Vasos sanguíneos de Lisboa, 2011
Pedro Miguel Cruz
Esse coração trata-se, de fato, da representação de dados do trânsito de Lisboa.
O autor identificou o coração como metáfora na geografia da capital portuguesa e tratou os problemas de mobilidade urbana como artérias entupidas em um sistema circulatório. Ao empregar essa metáfora, o pulsar do coração torna tangível uma visão ainda mais sutil: a
vitalidade coletiva de uma cidade.
Sociedade Ego-Altruísta, 2018
Pedro Miguel Cruz
A obra apresenta a projeção de um sistema generativo, onde dados assumem personalidades que interagem entre si. Os egoístas, representados pela cor vermelha, tendem a se distanciar dos demais em busca de energia, enquanto os altruístas, em amarelo, tendem a se agregar e formar grupos.
Declínio dos Impérios, 2010
Pedro Miguel Cruz
A obra demonstra a formação e a dissolução dos quatro grandes impérios coloniais marítimos: português, francês, espanhol e britânico.
Fluxos da cidade, 2015-2016
Till Nagel e Christopher Pietch
Nesta obra, o visitante vê o fluxo do sistema de compartilhamento de bicicletas nas cidades do Rio de Janeiro, Nova Iorque e Londres. Os fluxos das bicicletas compartilhadas são apresentados ao longo de 24 horas, alternando pontos de vista como uma visão geral ou uma estação específica, de onde se podem identificar trajetos de origem e destino.
Disritmia, 2018
Barbara Castro
A obra aborda em diferentes escalas três tipos de dados de forma a refletir sobre conectividade e vitalidade. Nela, o visitante pode ver um fluxo de números sendo projetado em três cores, azuis representando dados meteorológicos de vento e temperatura da cidade do Rio de Janeiro, vermelhos a partir dos dados de batimento cardíaco da artista, transmitidos continuamente para o Oi Futuro e amarelos que poderiam ser acionados pelo visitante. A diferença no ritmo dessas conexões e desses dados se alterna entre a confluência ou distinção dos movimentos. Desta forma, a obra discute o desafio de conectividade tecnológica e estética.
Redes de nós, 2018
Doris Kosminsky e Claudio Esperança
uma projeção interativa onde se vê em fluxo os prenomes dos nascidos no Brasil a partir da década de 1930, obtidos a partir de uma base de dados do IBGE. Quanto maior a frequência de um determinado nome, maior será o seu tamanho. A obra discute o lugar do indivíduo na Internet, a falta de controle em relação à privacidade, o que nos separa e o que nos iguala. Em meio à emergência dos perfis falsos, o que nos diferencia dos robôs que habitam a Internet?
Discurso do artista, 2018
Luiz Ludwig
A obra procura em tempo real por palavras na internet sobre o que é dito acerca da arte contemporânea em sites de galerias e prêmios. A obra discute a formação de discursos de arte e seus múltiplos agentes por meio da técnica de raspagem de dados ou scraping, que realiza extração sistemática e automatizada de páginas online.
O apagar das luzes, 2018
Alice Bodanzky
Nesta obra vemos dados de orçamento de investimento de Ciência e Tecnologia (C&T) nos últimos 18 anos empregados para gerar uma escultura paramétrica de luz. Essa escultura utiliza a metáfora da pilha de moedas em que cada ano possui um diâmetro determinado pelo valor investido.
___
FICHA TÉCNICA
EXISTÊNCIA NUMÉRICA
IDEALIZAÇÃO
Barbara Castro
Luiz Ludwig
CURADORIA
Doris Kominsky
ASSISTÊNCIA CURATORIAL
Barbara Castro
PROJETO EXPOGRÁFICO E DESIGN GRÁFICO
Luiz Ludwig
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO
Artur Amaral
Rodrigo Coutinho
PRODUÇÃO TÉCNICA
Caio Chacal
SUPORTE TÉCNICO
Plínio Piettro
Pedro Miguel Cruz
Barbara Castro
Till Naguel e Cristopher Pietch
Dóris Kominsky e Claudio Esperança
Luiz Ludwig
Alice Bodansky
DESIGN DE LUZ
Luiz Paulo Nenen
WEBDESIGN
Lucas Luz
CENOTECNIA
Galpão 6Centos
MONTAGEM AUDIOVISUAL
NovaMidia
CWeA
MONITORES
Henrique Spitz
Julia Wlyra
Luana Vidinha
Luiz Felipe Ferreira
Shélida Silvério
AGRADECIMENTOS
Anette Hester
Claudio Esperança
Pedro Miguel Cruz
Pedro Reis
Mônica Camões
0 comments on “Existência Numérica”Add yours →